Álcool em gel para crianças: pode? Veja cuidados
Desde 2009, durante a pandemia do H1N1, usar álcool em gel para crianças é algo completamente normal. Só que, nos últimos dois anos, a utilização do produto deu um salto gigantesco - e, acompanhando esse crescimento, vieram também a intoxicação e os acidentes.
Pra você ter uma ideia: segundo a ANVISA, em 2020 foram registrados 108 casos de intoxicação por álcool em gel. 88 deles foram em crianças. Em 2019 foram só 17 casos no total.
Hoje, em especial, vamos falar um pouco mais sobre a utilização do álcool em gel em crianças: se tem contraindicação, quais são os cuidados e como prevenir acidentes.
Atenção, pais e mães: o produto não apresenta risco, mas o uso indevido, sim. Este texto é para vocês. Vamos lá?
Afinal, crianças podem usar álcool em gel?
A resposta é sim! Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o uso do álcool em gel é recomendado para crianças acima dos 3 anos de idade. Aliás, durante os piores momentos da pandemia, a SBD chegou a recomendar o uso até em bebês ainda mais novos.
Porém, é preciso ter cautela, além da sensibilidade na pele das crianças ser maior, também é preciso estar atento se o produto é de uma marca conhecida e dermatologicamente testado.
Infelizmente, existe álcool em gel falsificado. A polícia já chegou a encontrar álcool de posto e até cachaça em alguns.
Riscos do uso inadequado do álcool em gel para crianças
É importante lembrar que a utilização do álcool em gel em crianças deve ser necessariamente feita com o auxílio e supervisão de um adulto.
O uso incorreto dessa substância pode trazer problemas sérios, incluindo a intoxicação. Então é assim: álcool em gel para crianças pode, mas você precisa estar por perto sempre que elas passarem o produto na mão. E esperar secar junto com elas.
Para te ajudar e alertar sobre os cuidados com a manutenção do produto, separamos alguns acidentes mais comuns que podem acontecer, se o álcool em gel não for utilizado da maneira correta. Veja agora quais são eles:
Queimaduras: o álcool é altamente inflamável. Mantenha a criança longe de locais e objetos que possam ter fogo, e a auxilie para que ela não passe a mão nos olhos;
Intoxicação: não exagere na utilização do álcool. O uso deve ser exclusivo para as mãos e punhos, devendo ser evitado em outras áreas do corpo, principalmente o rosto;
Ingestão: caso isso aconteça, procure ajuda médica imediatamente. A ingestão do álcool pode ser altamente perigosa. Os sinais clássicos são vômito, dificuldade de falar e tonturas severas;
Alergias: se perceber vermelhidão, coceira ou descamação na pele da criança, é recomendável suspender o uso do produto e procurar assistência médica, para confirmar se ela realmente teve uma reação alérgica ao álcool em gel.
O que fazer em caso de acidentes com álcool em gel
Sabemos que, mesmo com todos os cuidados, acidentes podem acontecer. Em um momento de descuido, a criança, em sua pura inocência e curiosidade de exploração, pode acabar tendo contato com o álcool em gel e começar a apresentar sintomas sérios.
Nesses casos, é indispensável que o responsável leve a criança ao pronto-socorro imediatamente, para que o atendimento necessário seja feito o mais rápido possível. E lembre-se de nunca provocar o vômito em emergências toxicológicas, pois essa conduta pode piorar o estado da criança.
Para evitar momentos desagradáveis como esses, mantenha o álcool em gel juntamente com outros produtos tóxicos da casa em um local seguro, longe do acesso das crianças. E, mais uma vez: nada de deixar a criança utilizar o produto sozinha, sempre a auxilie para que ela use-o da maneira correta e segura.
O álcool em gel não deve ser visto como um bicho de sete cabeças, e, sim, como um aliado importante na prevenção de doenças infecciosas, ajudando na proteção de toda a sua família.
Agora, que você já sabe como manter a segurança das crianças quanto ao uso do álcool em gel, adquira o álcool em gel número 1 do Brasil.